Lactose, a grande vilã?
- Daniel Mosqueira
- 21 de jun. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de ago. de 2023
A intolerância à lactose é a incapacidade do organismo de digerir adequadamente a lactose, que é o açúcar presente no leite e em produtos lácteos. Isso ocorre devido à deficiência ou ausência da enzima lactase, responsável pela quebra da lactose em moléculas menores para sua absorção.
Existem dois tipos principais de intolerância à lactose:
Intolerância primária à lactose: É a forma mais comum e ocorre quando o corpo reduz a produção de lactase após a infância. Isso é mais prevalente em grupos étnicos como asiáticos, africanos, hispânicos e nativos americanos. Os sintomas podem variar de leves a graves, e geralmente começam a se manifestar na adolescência ou idade adulta.
Intolerância secundária à lactose: Pode ocorrer como resultado de danos nas vilosidades intestinais, como na doença celíaca, gastroenterite ou outras condições gastrointestinais. Nesses casos, a intolerância é temporária e pode ser revertida assim que a causa subjacente for tratada.
Os sintomas da intolerância à lactose podem incluir desconforto abdominal, inchaço, flatulência, diarreia, náuseas e cólicas após a ingestão de produtos lácteos. Esses sintomas ocorrem devido à fermentação da lactose não digerida pelas bactérias presentes no intestino, o que leva à produção de gás e irritação intestinal.
O diagnóstico de intolerância à lactose geralmente é feito por meio de testes clínicos, como o teste de intolerância à lactose ou a observação dos sintomas após a eliminação e reintrodução dos produtos lácteos na dieta.
O tratamento para a intolerância à lactose envolve a restrição ou redução do consumo de alimentos e bebidas que contenham lactose. No entanto, muitas pessoas com intolerância ainda podem tolerar pequenas quantidades de lactose sem apresentar sintomas, e o uso de produtos lácteos com baixo teor de lactose ou enzimas de lactase também pode ser útil para algumas pessoas.
É importante destacar que a intolerância à lactose não deve ser confundida com a alergia ao leite, que é uma reação imunológica adversa às proteínas do leite. Se você suspeitar de intolerância à lactose, é recomendável consultar um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e orientações personalizadas.
Hoje temos uma vasta lista de alternativas ao leite de vaca. A classificação de leites vegetais em termos de saúde pode variar dependendo dos critérios e das necessidades individuais. No entanto, abaixo temos um ranking considerando aspectos gerais de nutrição e benefícios à saúde, do mais saudável ao menos saudável:
Leite de amêndoa: O leite de amêndoa é rico em vitamina E, cálcio e gorduras saudáveis, como ácidos graxos insaturados. Ele também é naturalmente baixo em calorias e contém menos gordura do que outros leites vegetais. No entanto, é importante escolher versões não adoçadas, pois as variedades adoçadas podem conter açúcares adicionados.
Leite de soja: O leite de soja é uma boa fonte de proteína vegetal de alta qualidade, além de ser rico em cálcio, ferro e vitamina D. Também é baixo em gordura saturada e não contém lactose, tornando-se uma opção adequada para pessoas com intolerância à lactose.
Leite de aveia: O leite de aveia é rico em fibras solúveis, que ajudam na saúde digestiva e na regulação do colesterol. Também contém beta-glucanas, que têm propriedades imunomoduladoras. É naturalmente adocicado e uma boa opção para pessoas com alergias alimentares, pois é livre de glúten e nozes.
Leite de arroz: O leite de arroz é uma alternativa de baixo teor alergênico e é naturalmente sem lactose e sem glúten. No entanto, ele tende a ser mais pobre em proteínas e gorduras, além de possuir um índice glicêmico mais alto devido ao seu conteúdo de carboidratos simples.
Leite de coco: O leite de coco é rico em gorduras saturadas, o que pode não ser ideal em grandes quantidades. No entanto, seu teor de gordura também inclui ácidos graxos de cadeia média, que podem ter benefícios à saúde, como melhora da função cerebral e aumento da saciedade.
É importante lembrar que a escolha do leite vegetal dependerá das necessidades individuais, preferências alimentares, restrições dietéticas e objetivos de saúde. Sempre verifique os rótulos dos produtos para garantir que sejam adequados às suas necessidades e opte por opções não adoçadas ou com menor teor de açúcar adicionado. Consultar um nutricionista também pode fornecer orientações personalizadas e adaptadas à sua situação específica.
Separamos uma lista dos principais encontrados hoje no mercado brasileiro.

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